03/10/16
RECANTO

Recanto possui uma cabine de controle em madeira, que está se desmanchando, mantém dísticos em relevo e legíveis, placas de quilometragem e altitude, plataforma, mãos-francesas típicas da Companhia Paulista, enfim, está ali, afundada num nível abaixo da rodovia, quase que misturada ao mato que a cerca. Pouco a frente da cabine, há a saída do ramal de Piracicaba, há tempos desativado e muita coisa jogada ao lado da linha, num cenário digamos, não muito agradável. Enquanto estávamos por ali, pudemos refletir sobre o que realmente estes pequenos lugares significam hoje em dia. Seriam eles “oásis” históricos, onde se guardam memórias e fragmentos importantes de um tempo que não volta mais, ou são apenas restos que teimam em não ruir, desafiando o pragmatismo humano pelo tempo que conseguirem? … >>